Oi Erico, achei muito bom e impecável a tua explicação e concordo com tudo o que foi dito. Agora, quando tocaste a questão dos que nunca ouviram, para mim isto leva a uma única explicação possível que se baseia na eleição incondicional, um grande mistério de Deus. Contudo, uma vez vi um outro post teu que parece não manter esta posição: http://somentecristo.blogspot.it/2009/11/predestinacao.html Que me dizes a respeito? Grande abraço
Alejandro, se foi isto que te pareceu, então o outro post não ficou claro. Não sou calvinista, mas creio na eleição incondicional.Veja uma frase daquele post:
Pode-se dizer que fomos eleitos incondicionalmente antes da fundação do mundo segundo o plano de Deus (Ef 1:5), mas o ato da salvação é condicional, somente os que crerem serão salvos. Mas só os eleitos acabam crendo.
O post que você mencionou é contrário à idéia calvinista de que o novo nascimento precede a fé. Por mais que a idéia calvinista neste ponto seja lógica, penso que contraria muitos textos que dizem que a fé é condição necessária para a salvação, e não consequência dela. A fé é consequência da eleição, mas não é consequência da salvação, se é que isto está claro. Eu creio que a fé, dom de Deus aos eleitos, é dada simultaneamente com o novo nascimento. A salvação não ocorre contra a vontade do homem, mas o Espírito Santo produz no coração do homem um desejo de ser salvo. Eu sei que os calvinistas dizem que a sequência de eventos (novo nascimento, seguido de fé, seguido de redenção) é mais uma sequência lógica do que cronológica, mas entendo que a sequência lógica da Bíblia é: convencimento, fé, regeneração e redenção. Embora tudo aconteça simultaneamente do ponto de vista cronológico. Confuso? Pra mim não é. Esta é a linha dos Plymouth brethren, dá uma olhada:
withchrist.org
Também discordo da expiação limitada. Claro que Cristo morreu especialmente pelos eleitos, pois só eles se beneficiam disso, mas tem textos demais que falam que Ele morreu por todos. Os argumentos lógicos do calvinismo sobre este ponto fazem sentido, mas sucumbem ante à multidão de textos que falam de um amor e um sacrifício por todos, como comentei no post:
Oi Erico, agora ficou mais claro. Mas sigo achando que naquele post a ideia geral parecia ser mais uma crítica à visão da eleição incondicional do que aos pontos da "sequência de acontecimentos". Particularmente não vejo problema da visão calvinista nas questões que tu estás afirmando. Digo isto pelas seguintes razões: 1) Até entre os calvinistas há discrepâncias no que se refere à expiação limitada ou não. Neste ponto eu entendo que a morte de Cristo e o seu amor na cruz foi por todos, enquanto que a eleição incondicional de Deus é nos eleitos. Segue sendo um mistério, mas prefiro manter ambos os pontos que são bíblicos do que negar algum deles. Entendo que tua postura seja similar e sei que nos círculos reformados existem as duas posições. 2) Sobre a sequência na salvação, acho que o ponto principal que os calvinistas no modo geral afirmam é o fato da obra "soberana" do ES nos eleitos, produzindo o arrependimento e a fé. Em termos gerais o que se enfatiza é que o ser humano deve crer e que para isto suceder deve haver uma obra do ES. Estas coisas de separar por etapas me parece apenas uma sequência didática e concordo contigo na visão simultânea desses eventos. Acho que é uma questão apenas de ênfase, principalmente em reação aos excessos que homens como Finey e tantos outros tem disseminado na igreja evangélica quanto aos métodos evangelísticos empregados. Grande abraço
Eu entendo e concordo. Mas do jeito que você fala, muitos calvinistas vão te chamar de arminiano. Os arminianos certamente me chamam de calvinista.
Eu creio que do ponto de vista humano aceitamos Jesus por vontade própria ("livre arbítrio", se preferir) e esta é a linguagem que a Bíblia usa para se comunicar com o homem. Crer em Jesus é uma ordem (que o homem natural não quer obedecer por vontade própria, ou "livre arbítrio"). Do ponto de vista de Deus, o arbítrio para a salvação é provocado pelo Espírito Santo no coração dos eleitos, e isto também é claro na Bíblia. É o livre arbítrio do vento, que sopra onde quer.
No final das contas, todos os desígnios de Deus serão cumpridos infalivelmente. Ele sabe o que é preciso para quebrar qualquer coração.
Oi Erico, achei muito bom e impecável a tua explicação e concordo com tudo o que foi dito. Agora, quando tocaste a questão dos que nunca ouviram, para mim isto leva a uma única explicação possível que se baseia na eleição incondicional, um grande mistério de Deus. Contudo, uma vez vi um outro post teu que parece não manter esta posição: http://somentecristo.blogspot.it/2009/11/predestinacao.html
ResponderExcluirQue me dizes a respeito?
Grande abraço
Alejandro, se foi isto que te pareceu, então o outro post não ficou claro. Não sou calvinista, mas creio na eleição incondicional.Veja uma frase daquele post:
ResponderExcluirPode-se dizer que fomos eleitos incondicionalmente antes da fundação do mundo segundo o plano de Deus (Ef 1:5), mas o ato da salvação é condicional, somente os que crerem serão salvos. Mas só os eleitos acabam crendo.
O post que você mencionou é contrário à idéia calvinista de que o novo nascimento precede a fé. Por mais que a idéia calvinista neste ponto seja lógica, penso que contraria muitos textos que dizem que a fé é condição necessária para a salvação, e não consequência dela. A fé é consequência da eleição, mas não é consequência da salvação, se é que isto está claro. Eu creio que a fé, dom de Deus aos eleitos, é dada simultaneamente com o novo nascimento. A salvação não ocorre contra a vontade do homem, mas o Espírito Santo produz no coração do homem um desejo de ser salvo. Eu sei que os calvinistas dizem que a sequência de eventos (novo nascimento, seguido de fé, seguido de redenção) é mais uma sequência lógica do que cronológica, mas entendo que a sequência lógica da Bíblia é: convencimento, fé, regeneração e redenção. Embora tudo aconteça simultaneamente do ponto de vista cronológico. Confuso? Pra mim não é. Esta é a linha dos Plymouth brethren, dá uma olhada:
withchrist.org
Também discordo da expiação limitada. Claro que Cristo morreu especialmente pelos eleitos, pois só eles se beneficiam disso, mas tem textos demais que falam que Ele morreu por todos. Os argumentos lógicos do calvinismo sobre este ponto fazem sentido, mas sucumbem ante à multidão de textos que falam de um amor e um sacrifício por todos, como comentei no post:
http://somentecristo.blogspot.it/2009/12/que-amor-e-este.html
Grande abraço.
Oi Erico,
ResponderExcluiragora ficou mais claro. Mas sigo achando que naquele post a ideia geral parecia ser mais uma crítica à visão da eleição incondicional do que aos pontos da "sequência de acontecimentos".
Particularmente não vejo problema da visão calvinista nas questões que tu estás afirmando. Digo isto pelas seguintes razões:
1) Até entre os calvinistas há discrepâncias no que se refere à expiação limitada ou não. Neste ponto eu entendo que a morte de Cristo e o seu amor na cruz foi por todos, enquanto que a eleição incondicional de Deus é nos eleitos. Segue sendo um mistério, mas prefiro manter ambos os pontos que são bíblicos do que negar algum deles. Entendo que tua postura seja similar e sei que nos círculos reformados existem as duas posições.
2) Sobre a sequência na salvação, acho que o ponto principal que os calvinistas no modo geral afirmam é o fato da obra "soberana" do ES nos eleitos, produzindo o arrependimento e a fé. Em termos gerais o que se enfatiza é que o ser humano deve crer e que para isto suceder deve haver uma obra do ES. Estas coisas de separar por etapas me parece apenas uma sequência didática e concordo contigo na visão simultânea desses eventos.
Acho que é uma questão apenas de ênfase, principalmente em reação aos excessos que homens como Finey e tantos outros tem disseminado na igreja evangélica quanto aos métodos evangelísticos empregados.
Grande abraço
Eu entendo e concordo. Mas do jeito que você fala, muitos calvinistas vão te chamar de arminiano. Os arminianos certamente me chamam de calvinista.
ExcluirEu creio que do ponto de vista humano aceitamos Jesus por vontade própria ("livre arbítrio", se preferir) e esta é a linguagem que a Bíblia usa para se comunicar com o homem. Crer em Jesus é uma ordem (que o homem natural não quer obedecer por vontade própria, ou "livre arbítrio"). Do ponto de vista de Deus, o arbítrio para a salvação é provocado pelo Espírito Santo no coração dos eleitos, e isto também é claro na Bíblia. É o livre arbítrio do vento, que sopra onde quer.
No final das contas, todos os desígnios de Deus serão cumpridos infalivelmente. Ele sabe o que é preciso para quebrar qualquer coração.